Ninguém escreveu nenhuma moção de repúdio. Não fizeram nenhum protesto ou manifestação. Os universitários, que em teoria sempre lutaram pelo meio ambiente em detrimento à modernização, simplesmente observaram calados a derrubada das árvores, outrora belas e imponentes, do pátio da universidade.
Provavelmente sentiram, depois do ocorrido, aquele remorso que todos sentimos sabendo que deveríamos ter feito alguma coisa, seja lá o que! Mas eles simplesmente olharam. Alguns tristes e impotentes sem saber como impedir o progresso da “modernidade”, outros nem aí –praticando esportes ou azarando (se é que ainda cabe este termo) pelo pátio-, outros talvez até a favor da derrubada, para maior comodidade e espaço físico. Eu simplesmente sacudi a cabeça em desaprovação, tanto pela derrubada quanto pela falta de pulso dos alunos, que em outros tempos teriam feito uma manifestação nus ou algo do gênero (se o termo não for deveras psicologizante).
Mas não adianta chorar pelo leite derramado, chorais, pois por aquelas belas árvores que talvez fossem apreciadas por pouco, mas que testemunharam tantas brigas e declarações de amor no pátio, tantas demonstrações de amizade ou piadas pseudo-intelectuais. Enfim assim como as arvores os alunos não disseram nada contra a decisão imposta por órgãos superiores que o tempo da “natureza” havia chego ao fim.
2 comentários:
Muito interessante a forma como você se mostra em relação à tal siuação..
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assunto um pouco diferente do seu, mas não menos importante!
;D
O mais revoltante, camarada Tchago, é que foi a chuva quem derrubou arbitrariamente a árvore para evitar um mundo vermelho, coeso e bonito. E na minha opinião, a Queda da Árvore da Reitoria [novo muro] só foi possível graças aos cupins que servem de mão-de-obra barata e alienada ao Pai Natureza - que essa história de mãe é muito midiática e reacionária.
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