domingo, 30 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Enigma
Ela incomoda. Vê-la incomoda. Não é lá muito falante - não é do tipo que gera desconforto. A bem da verdade é que, se tem algo que incomoda nela, é o fato de ser quase irrepreensível. A sua discrição é irritante, sem dúvida. Mas por quê?
Ela se veste de forma esquisita, convenhamos. Usa umas roupas de outra década que a faz no mínimo singular. Acho legal quem veste brechó, mas ela abusa. Montada demais. Isso é. Mas isso não é um defeito, por outro lado. Não é um ponto negativo, desses pessoais, dessas coisas que formam a índole de uma pessoa. Ela quer fazer crer que o traje é sempre casual, quando é bastante calculado. Mas e daí? Não justifica o mal estar que ela provoca. Eu no fundo nem a imagino diferente.
Creio que esteja mais no formato do rosto. Ou nas expressões, sabe? Porque quando ela sorri, fica uma covinha um tanto displicente no rosto. Não é feio, ao contrário, mas chama a atenção. As pessoas olham. Eu me sinto um pouco invadido com isso. E eu não sei se ela faz de propósito: se ela apenas ri ou se ela ri para os outros. Porque se for para os outros, ah, se for para os outros então o buraco é mais embaixo. É. Não que ela me deva algo, imagine, mas já pensou? Pros outros? Não se faz.
Eu não sei o que dizer pra ela. Que ela me incomoda. Como assim? Digo: você me incomoda? Não se diz. Pensei em me afastar, mas não é assim que se resolve. Mas resolve não é o termo, porque resolver remete a um problema. Não é um problema. Temos nossas diferenças, acho, e é normal, não é? É um enigma, digamos. Ela é um enigma. Fica assim. Ela é um enigma.
(Fica assim enquanto eu fugir da palavra amor...)
Ela se veste de forma esquisita, convenhamos. Usa umas roupas de outra década que a faz no mínimo singular. Acho legal quem veste brechó, mas ela abusa. Montada demais. Isso é. Mas isso não é um defeito, por outro lado. Não é um ponto negativo, desses pessoais, dessas coisas que formam a índole de uma pessoa. Ela quer fazer crer que o traje é sempre casual, quando é bastante calculado. Mas e daí? Não justifica o mal estar que ela provoca. Eu no fundo nem a imagino diferente.
Creio que esteja mais no formato do rosto. Ou nas expressões, sabe? Porque quando ela sorri, fica uma covinha um tanto displicente no rosto. Não é feio, ao contrário, mas chama a atenção. As pessoas olham. Eu me sinto um pouco invadido com isso. E eu não sei se ela faz de propósito: se ela apenas ri ou se ela ri para os outros. Porque se for para os outros, ah, se for para os outros então o buraco é mais embaixo. É. Não que ela me deva algo, imagine, mas já pensou? Pros outros? Não se faz.
Eu não sei o que dizer pra ela. Que ela me incomoda. Como assim? Digo: você me incomoda? Não se diz. Pensei em me afastar, mas não é assim que se resolve. Mas resolve não é o termo, porque resolver remete a um problema. Não é um problema. Temos nossas diferenças, acho, e é normal, não é? É um enigma, digamos. Ela é um enigma. Fica assim. Ela é um enigma.
(Fica assim enquanto eu fugir da palavra amor...)
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